segunda-feira, 22 de julho de 2019

Os 120 anos de Hemingway


Ernest Hemingway (Oak Park, Illinois, 21/07/1899) é até hoje um dos mais lidos romancistas norte-americanos em todo o mundo, suas obras estão diretamente relacionadas a três grandes eventos que moldaram o século XX: as Primeira e Segunda Guerra Mundiais e a Guerra Civil Espanhola - e ao final da vida se veria ainda em meio à Revolução Cubana, que estourou literalmente às cercas de seu quintal.

O projeto literário de Hemingway é explícito desde seus primeiros contos, em que a radiografia de sua geração de escritores, a chamada Geração Perdida, egressa da Primeira Guerra Mundial, é feita sem glamour, de forma direta, objetiva e crua. Porém, já nesses contos, dos quais saltará para o desafio do grande romance americano, a matéria autobiográfica compõe a massa de fatos e sentimentos dos quais o autor extrairá seu estilo.

Ocorre que para Hemingway o cotidiano por si não oferecia atrativos, daí a sua busca pelas emoções nascidas dos eventos de escala histórica e dos que revelavam o extraordinário, encoberto por sob a camada enganadora de tinta da vida ordinária de motoristas de ambulâncias, garçons, enfermeiras, camareiras... Noutras palavras: por sob cada trabalhador mora um herói em potencial - que sua literatura procura desvendar.

No conto A Capital do Mundo, ambientado numa Madri à beira da guerra civil, um modesto garçom sonha tornar-se toureiro. Na ausência de uma arena e de touro reais, seu colega de turno, já madrugada instaurada numa cozinha de pensão meio à penumbra, improvisará facas nos pés de uma cadeira e o atacará o mais realisticamente possível, para que ele apresente suas habilidades de drible, um guardanapo de mesas fazendo-lhe as vezes de lenço vermelho.

Paco morrerá nessa noite não vítima da chifrada de um miúra, mas ao ser atravessado por uma faca amarrada aos pés de uma cadeira, enquanto suas irmãs camareiras assistem a um filme de Greta Garbo, o qual o narrador considerará um passo em falso na carreira da atriz.

Em Adeus às Armas, romance de 1929, os heróis não são generais ou políticos, mas um motorista de ambulância e uma voluntária do serviço hospitalar. Elaborado a partir de sua própria experiência na Primeira Guerra, quando engajou-se na Cruz Vermelha após ser reprovado no alistamento militar, o livro retrata o amor desesperado de dois jovens em meio à carnificina na fronteira entre Itália e Áustria. Ali o amor precisa ser realizado com urgência, pois a morte é o pano de fundo de todas as aspirações. O heroísmo não está nas trincheiras, mas na capacidade de amar em meio aos bombardeios que semeiam pedaços de corpos por todos os lados e às doenças que fazem o trabalho que as balas e morteiros não fizeram:

"No início do inverno, vieram as chuvas ininterruptas, e com as chuvas chegou o cólera. Felizmente a epidemia foi combatida a tempo, e apenas sete mil soldados morreram vítimas dela." 

Adeus às Armas, apenas três anos após sua publicação, foi às telas do cinema, estreando em 1932, tornando-se instantaneamente um clássico em preto e branco, com Gary Cooper no papel de alter-ego de Hemingway. O filme foi indicado ao Oscar em quatro categorias: Melhor Filme, Direção de Arte,  Fotografia e Gravação de Som, vencendo nas duas últimas. O impacto do romance foi tal que em 1957 ganha nas telas do cinema sua versão colorida, agora com Rock Hudson no papel do motorista de ambulância e não menos de que Vittorio de Sica como ator coadjuvante, com indicação ao Oscar na categoria.

Os grandes acontecimentos do mundo foram a obsessão de Hemingway, por isso ele buscou sempre de alguma forma se fazer de corpo presente neles, seja como motorista de ambulância na Primeira Guerra, seja como repórter engajado nos esforços das Brigadas Internacionais na Guerra Civil Espanhola, seja como correspondente ao final da Segunda Guerra. Para ele há obrigatoriedade de se viver as experiências para se falar com honestidade delas.

Em Por Quem Os Sinos Dobram (1940), Robert Jordan, um jovem professor de espanhol norte-americano na Espanha da Guerra Civil, se envolve no conflito ao lado dos republicados. A ele cabe explodir uma ponte. Nos dias que antecedem à missão, ele constata a carnificina, acentuada pelo apoio dos fascistas italianos e dos nazistas alemães aos nacionalistas de Franco, reflete sobre os elos que ligam os republicanos à sua causa e se apaixona pela cigana Maria. O romance ganhará adaptação cinematográfica em 1943, com Gary Cooper no papel de Jordan e Ingrid Bergman, indicada para o Oscar, no papel de Maria.

A obra de Hemingway abasteceu com abundância Hollywood. Seu conto As Neves do Kilimanjaro (1936), estreou no cinema em 1952, com Gregory PeckSusan Hayward e Ava Gardner, que encheram as salas de cinema pelo mundo. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Direção de Arte e Fotografia. O conto retrata um safári com maus resultados para o protagonista, Harry Street, um escritor experiente que se fere num arbusto e tem a perna gangrenada. Preso a seu catre, ele revive, durante delírios da febre, suas aventuras pelo mundo, seus amores e seus sonhos juvenis - à sombra da morte, prenunciada na forma de abutres e hienas que rondam o acampamento.

Quando O Velho e o Mar foi publicado, muitos críticos consideravam que Hemingway, isolado na ilha de Cuba, tida como a sepultura de sua criatividade, não tinha mais nada a oferecer. A seu editor, o autor enviara, em 1952, os originais desse conto com um bilhete: “Eu sei que isso é o melhor que posso escrever na minha vida toda”. Sucede que esse livro, considerado hoje sua obra prima, ambientado na ensolarada Cuba, rendeu-lhe o prêmio Nobel - na verdade, foi o pretexto que faltava para a Academia Sueca premiá-lo pelo conjunto da obra.

E seguindo a mesma vocação de seus melhores textos, O Velho e o Mar rendeu outro clássico do cinema, em 1958. No papel do velho pescador que enfrenta com suas últimas forças a fúria da natureza na forma de um verdadeiro monstro marinho, não menos que Spencer Tracy, indicado para o Oscar como melhor ator e vencedor do Globo de Ouro na mesma categoria (o filme venceria o Oscar de 1959 na categoria Melhor Trilha Sonora).

Para abastecer sua literatura, Hemingway se atirou à vida e se envolveu em conflitos de toda sorte, pessoais e coletivos, porém a Revolução Cubana lhe chegou sem que ele a buscasse. Embora simpático aos jovens guerrilheiros que derrubariam a ditadura de Batista, já bastante abatido, diabético, sofrendo de depressão aguda e lapsos de memória, o autor abandona a ilha para terminar seus dias no norte dos EUA, em meio às Montanhas Rochosas (Ketchum, Idaho, 2 de Julho de1961).


JEOSAFÁ é Pesquisador Colaborador do Departamento de História da Universidade de São Paulo, escritor e professor Doutor em Letras pela mesma Universidade. Leciona atualmente para a Educação Básica e para o Ensino Superior privados. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de São Paulo.  Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os quais O jovem Mandela (Editora Nova Alexandria);   O jovem Malcolm X A lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação para HQ do clássico de Victor Hugo, pela editora Mercuryo Jovem. 





sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Meu Deus do céu, como é que eu não li esse livro antes?


Assim como a televisão criou uma ilusão inicial de que daria conta de tudo que o cinema dá – quem frequenta o bom cinema sabe que não há parâmetros de comparação entre uma e outro –, com o evento da internet disseminou-se o terror de que o livro físico sucumbiria ao livro e a outras formas digitais.

Ler no celular ou no computador tem suas vantagens, porém o leitor bem formado sabe que também há poucos parâmetros de comparação entre o livro físico e seu irmão caçula, o digital: são dois produtos culturais com finalidades convergentes, mas cada qual com suas particularidades, um complementando, jamais anulando, o outro, cada qual em seu leito próprio.

Não há ritual mais delicioso nas férias de final e início de ano do que ler um bom livro de carne e osso, no quintal de casa ou no sofá do apartamento; numa esteira de praia ou numa rede de casinha de sítio; durante o dia ou entrando pela madrugada.

Minha recomendação para este ano que vai terminando e para o próximo que se inicia vai para o delicioso livro, de corpo e alma – o livro digital é só alma – , Contos Tradicionais do Brasil, de Câmara Cascudo (São Paulo, Editora Global, 2004) – a obra completa de Câmara Cascudo encontra-se na Editora Global, de São Paulo. As edições são bem preparadas, com ótimo projeto gráfico, ótima encadernação e belas capas.

Esta edição dos Contos Tradicionais do Brasil traz uma curta nota sobre a reedição da obra e mantém o prefácio original do próprio Câmara Cascudo, em que ele versa sobre as particularidades do popular, da tradição e do folclore – e o que é para ele cada uma dessas dimensões da cultura, entendida como campo de articulação da sociedade, da história, e da psicologia de um povo.

Nesse prefácio, Câmara Cascudo, extraindo consequências da argumentação que alinhava, justifica e apresenta a divisão da coletânea: Contos de Encantamento; Contos de Exemplo; Contos de Animais; Falécias; Contos Religiosos; Contos Etiológicos; Demônio Logrado; Contos de Adivinhação; Natureza Denunciante; Contos Acumulativos; Ciclo da Morte; Tradição.
Pela segmentação pode-se avaliar a variedade que aguarda o leitor páginas a fio, porém é no interior dessas subdivisões que o mundo encantado da cultura popular floresce aos olhos e ao espírito, pois cada conto é um fragmento colorido de um verdadeiro caleidoscópio mágico.

As notas de Câmara Cascudo ao final de cada conto, mais que ilustrar, acrescentam sabor e densidade à leitura. Assim, à fruição proporcionada pela ficção, se acrescenta o elemento erudito na dose certíssima, que prolonga o prazer da leitura, fixando no espírito do leitor a narrativa, não mais somente por suas qualidades de linguagem e estéticas próprias – que por si só já justificariam a presença da peça na coletânea –, mas agora por sua relevância afetiva, psicológica, sociológica, histórica (e às vezes idiossincráticas, como é do estilo de Câmara Cascudo).

Fica, pois, o convite: Leitor, divida nestas férias sua espreguiçadeira com os Contos Tradicionais do Brasil, de Câmara Cascudo. Duvido que ao final da leitura você, ao fechar o livro, não exclame para si, estupefato: “Meus Deus do céu, como é que eu não li esse livro antes?”


JEOSAFÁ é Pesquisador Colaborador do Departamento de História da Universidade de São Paulo, escritor e professor Doutor em Letras pela mesma Universidade. Leciona atualmente para a Educação Básica e para o Ensino Superior privados. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de São Paulo.  Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os quais O jovem Mandela (Editora Nova Alexandria);   O jovem Malcolm X A lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação para HQ do clássico de Victor Hugo, pela editora Mercuryo Jovem. 


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Percurso de João Antônio até mim

É dezembro, estou agora olhando para a capa da 7a. edição da Record do livro de contos de João Antônio Malagueta, Perus e Bacanaço. Esse exemplar eu recebi de uma escola que fechou as portas quando eu lá trabalhei. Ela pagou o que pôde aos funcionários e professores da forma que pôde.

A mim couberam livros que os donos arruinados do estabelecimento comercial da área da educação consideravam de algum valor, entre os quais este, do qual comento aqui a capa. Não estavam de todo enganados, pois boa parte do que me deram como paga aos meus serviços de professor era de boa qualidade. Pena que a imobiliária não os aceitasse para quitação do aluguel.

Um exemplar dessa mesma edição eu já tivera em mãos quando adolescente. Meu irmão, que já se encontra no andar de cima, trabalhava na Folha de S. Paulo e de vez em quando aparecia com um lançamento que enviavam ao jornal para divulgação.

Na época eu me importava mais com o jogo de futebol do que com a literatura. Em princípio, não dei a menor para esse livro maior, mas como depois da pelada na rua a gente ia ver os marmanjos, entre os quais um outro irmão meu, este versado nas artes na malandragem, afiar o taco no bilhar, a capa me convidou e eu passei as férias relendo e relendo  esse clássico do submundo.  Era era também dezembro, mas era 1979, quase em outra vida.

Mudei tanto de endereço na juventude que fui me desfazendo de muita coisa a cada destino novo, sempre menor. Miseravelmente esse livro ficou pelo caminho. Porém, quis o destino que ele me retornasse às mãos, anos depois, por vias transversas. Melhor dizendo, adversas.

O fundo da imagem da capa dessa edição é o buraco do Adhemar à noite, com as lanternas traseiras dos automóveis esticando aquelas linhas vermelhas de antigos cartões postais, em meio à paisagem escura enfeitada pelas placas luminosas, pelos imensos out-doors de néon e pelas poucas janelas dos edifícios com suas luzes acesas a denunciar o adiantado da hora.

Só quem conheceu a cidade de São Paulo quando ainda havia buraco do Adhemar, placas luminosas psicodélicas e out-doors gigantes de néon saberá o quanto essa linda imagem, fotografada sem dúvida do viaduto Santa Ifigênia, tem de nostálgico e melancólico.

Na parte baixa da capa, aplicada sobre essa fotografia evanescente, ocupando toda sua largura, há uma ilustração em desenho colorido. Nela, uma mesa de bilhar com apenas três bolas, uma azul, uma branca e uma amarela.

À mesa, no taco, um jogador de face branca, bigode, mãos curadas, camisa de punho branca e colete preto. Atrás dele, apoiando-se na mesa, um observador, de paletó azul claro, chapéu de malandro. Atrás deste, um último personagem de paletó branco, cabelos e bigode pretos. Com certeza, na ordem, ilustrações de Malagueta, Perus e Bacanço. Os três concentrados pela tensão da tacada, enquanto a cidade escura ao fundo escorre em listras sanguíneas pela obra de engenharia urbana de apelido pouco respeitoso.

O taco de bilhar está prestes a cutucar a bola branca na direção da azul. Tudo indica que ela será encaçapada no buraco de quina do fundo, na parte direita da mesa que ficou de fora da capa. Não deixa de ser intrigante que na mesa de pano verde falte o buraco, a caçapa, enquanto que na foto escura que serve de fundo à capa o ilustrador tenha escolhido fazer constar justamente a então caçapa mais famosa da cidade.

Aplicados em primeiro plano, no alto, o nome  do autor, em maiúsculas, em branco e bordas vermelhas: JOÃO ANTÔNIO. Logo abaixo, uma breve chamada em letras menores: Autor de Leão de Chácara. Imediatamente abaixo, o título do livro, em vermelho com sombreado amarelo: MALAGUETA, PERUS E BACANAÇO. Em letras menores, ao centro da imagem, outra chamada, esta para o livro: “Um mergulho no submundo. É o clássico velhaco. Um dos livros mais premiados do país. Histórias já traduzidas em oito idiomas".

Esta edição é de 1980, mas a capa é toda ela segunda metade da década de 1970. Nessa época, os bares com bilhares em São Paulo já estavam indo para o brejo. No lugar das mesas, foram sendo instaladas máquinas de fliperama e de jogos da Taito. Eu, então office-boy fora da escola por razões que a luta de classes e a luta pela democracia me explicou depois, dava nesses bares com meus iguais, depois do expediente e às vezes no meio dele, por causa das máquinas. Porém, ainda dividimos espaço neles com personagens como as retratados na ilustração de capa do livro de João Antônio - e, como nela, eles não conversavam.

Ou antes, conversavam por gestos e olhares. No barulho das pancadas que dávamos nas máquinas para impedir que elas engolissem nossas bolinhas antes do tilt, víamos suas bocas se mexerem de raro em raro, em comentário a uma ou outra jogada, entre baforadas de cigarro mata-ratos, vendidos a granel, meio úmidos, amassados e sem filtros.

Os mal educados éramos nós. Eles, com seus tacos engizados e seus olhares concentrados eram uns finos. Íamos embora e eles continuavam noite adentro e madrugada afora. Nunca reclamaram de nosso barulho de passarinhos pousados em galho talvez errado.

Novas edições dessa obra de João Antônio se esmeraram em manter vivo esse texto significativo de nossa literatura. Porém, mataram a capa.

Por isso guardo com tanto amor o exemplar dessa edição, que me chegou em primeira vez pelas mãos curadas de meu irmão, um fino, um boêmio, com quem tantas vezes frequentei esses mesmos bares, e em segunda pelas mãos de comerciantes da educação arruinados.

Tratando do assunto de que trata, e do modo como trata, não poderia imaginar percurso mais legítimo desse livro de João Antônio até mim. Nem melhor capa, cujo autor não mereceu da parte da editora sequer menção na página interna de créditos.

Talvez tomado pela melancolia do espírito natalino, talvez pela saudade de meu irmão, todo final de ano me vejo folheando esse volume. Pela janela da ilustração de capa, recuo no tempo para o distante dezembro de 1979, e  vou saltando  os olhos do pano da mesa de bilhar para a avenida  Prestes Maia, que some na noite rumo a uma Zona Norte que não existe mais.

JEOSAFÁ, professor, foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de São Paulo. É escritor e professor Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os quais O jovem Mandela (Editora Nova Alexandria);   O jovem Malcolm X A lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação para HQ do clássico de Victor Hugo, pela editora Mercuryo Jovem. Leciona atualmente para a Educação Básica, em projetos para jovens em situação de risco social, entre os quais o Vira Vida, parceria Senac-Sesi-Senai.