Editora Serra Azul
CARAÇA: Caricaturas do Grandioso Fá - Sonetos Picarescos. É um volume de poemas na forma de sonetos sarcásticos, mesmo quando fala de
amor. No formato e-book, com 262 páginas divididas em 11 partes, o livro
explora as riquezas poéticas mas também humorísticas da língua portuguesa, em
versos líricos, de humor, reflexão, autoironia, entre outros. Da frase doce ao
deboche, e deste ao riso, o leitor é empurrado escada a baixo da escrita,
divertindo-se com o friozinho que o despencar do alto sem rede de proteção dá
na barriga. O leitor que entra nesse picadeiro converte-se em malabarista, duplo do Caraça e suas 241
caricaturas, uma em cada soneto. As ilustrações sinalizam a vocação arlequinal
do livro, que não despreza nenhuma palavra do idioma, nem mesmo as que parecem
deformadas e andrajosas, como os paupérrimos clowns que tiravam seu sustento de
improvisos patéticos das feiras medievais.

ZONA NORTE. Um grupo de inocentes cresce no entroncamento das rodovias
Dutra e Fernão Dias, em São Paulo, no fogo cruzado de quatro infortúnios: os
pais violentos, os bandidos sanguinários, os policiais criminosos e a escola
falida. Na lei da selva dos adultos, terão de inventar as estratégias de
sobrevivência que os tornarão também adultos, nem sempre sãos, nem sempre
salvos. Com que podem contar nessa travessia plena de riscos e potenciais
naufrágios? Com seus sonhos.
ZONA LESTE. Filho único de migrantes da seca nordestina, João ganhou na
infância o apelido de Brita” em razão da tragédia familiar. Da infância de
menino trabalhador na colheita do algodão, passando pela juventude operária, à
carreira de documentarista, João Brita conhecerá na carne o amor e a dor, a
fraternidade e o crime, a resistência à ditadura e a corrupção política e
policial. Barba já grisalha, emoldura o espelho de corpo inteiro de seu
apartamento com fotografias representativas de fases importantes de sua vida.
Porém, haverá um problema: a essa sequência algo cinematográfica faltará um
fotograma: o correspondente ao ano que virá. E esse fotograma... não vem.
ZONA SUL é o terceiro romance do ciclo Era uma vez no meu bairro. Resultado de mais de vinte anos de pesquisa sobre a violência, particularmente contra crianças e jovens, em jornais, livros, documentos oficiais e a partir de entrevistas em trabalho de campo, ZONA SUL é a terceira estação de uma obra cujo enredo, em forma de espiral, tendo partido da ZONA NORTE e passado pela ZONA LESTE, viajará ainda pela ZONA OESTE até atingir o CENTRO. Cada região da metrópole, um romance enraizado na realidade e, como ela, cheio de surpresas, expectativas e, naturalmente, sonhos.
ZONA OESTE. Uma jornalista solitária, especializada em mídia digital,
produz, alimenta e assina diversos sites da internet – em nome de seus clientes
ou com identidade falsa. Em uma visita de trabalho, ela descobre que o anjo de
pedra, visto frequentemente pela janela do ônibus, saltou o muro do cemitério
São Paulo, na Zona Oeste da capital, e foi parar à entrada dele. Seu irmão mais
velho, desconfiado dessa história, resolve tirar a limpo, o que pode não ser
uma boa ideia.
CAROLINA MARIA DE
JESUS: UMA BIOGRAFIA ROMANCEADA. Carolina Maria de Jesus amava ler e escrever,
mas foi literalmente atirada ao lixo, viveu no lixo, e sustentou sozinha a si e
aos filhos com o produto de seu trabalho catando lixo pelas ruas da cidade de
São Paulo. No entanto, aos 44 anos de idade, ela publicou um livro que marcaria
para sempre a literatura brasileira: Quarto de despejo – Diários de uma
favelada. Esta biografia fala sobre a trajetória e os sonhos de Carolina
desde menina, e é um louvor à sua vida, contando ficcionalmente sua jornada
dura, mas possível, rumo ao sol.

O JOVEM MANDELA. Daqui a cinco mil anos, um pai contará para seu filho dormir a lenda de um herói. Essa lenda dirá de um menino do Transkei, que calçou o primeiro par de sapatos quando ingressou um tanto tardiamente na escola, que viu e viveu os piores tormentos da vida humana, mas que, a despeito de todas as previsões funestas, liderou seu povo em uma saga épica e o conduziu uma vitória gloriosa sobre as mais abomináveis formas de opressão e humilhação do homem sobre o próprio homem. Essa lenda que atravessará os milênios futuros terá um nome: NELSON ROLIHLAHLA MANDELA.
O JOVEM MALCOLM X. Malcolm X é merecidamente um dos
maiores ícones da luta contra o racismo e a discriminação racial no mundo todo.
Entre a juventude, em todos os continentes, ele inspira uma quantidade imensa
de movimentos e organizações de natureza cultural, social e política – do hip
hop aos núcleos de consciência e cidadania nas periferias das grandes cidades.
Em O DIÁRIO SECRETO DAS COPAS amor e aventura, verdade e ficção cientí fica se misturam, a partir do contexto oferecido pelas Copas do Mundo, de 1930 a 2014. Quando em 2013 Kátia, amiga de turma da adolescente Lubna, desaparece inexplicavelmente, um enredo de mistério e amizade, eventos esportivos e paixão, história brasileira e mundial se desenrola vertiginosamente.
Editora Mercuryo Jovem
ELEIÇÃO OU GUERRA. Neste livro, dois grupos de estudantes terão de defender pontos de vista antagônicos: o que é certo: recorrer ao uso da força bruta para solucionar conflitos, ou buscar o diálogo como forma de solução deles? O problema é as pesquisas de ambos os grupos vão demonstrando com no curso da história o ser humano recorre com frequência aos dois mecanismos. Muitas vezes, equipes ótimas empregaram meios questionáveis para vencer; noutras vezes, equipes ótimas jogaram limpo e foram derrotadas; por um lado, regimes despóticos se iniciaram por eleições legítimas; por outro, regimes democráticos tiveram de se defender com o uso das armas. O que é certo ou errado afinal?

A LENDA DO BELO PECOPIN E DA BELA BALDOUR EM HQ. Ao traduzir e adaptar para a linguagem da graphic novel o extenso conto de Pecopin
e Bauldour, escrito por Victor Hugo na forma de lenda, os autores partiram do
texto integral em francês, da Éditions Robert Laffont (de Paris, 1987),
fornecido pela Editora Mercuryo jovem. O original nasceu durante as viagens do Poeta de França pelas
cercanias do rio Reno, na Alemanha, cujas paisagens belíssimas e sugestivas –
nas quais pontuavam ruínas de castelos da Idade Média mergulhados em mistérios
e presságios – serviram de pano de fundo
para personagens românticas, envolvidas em paixões agudas e enredadas numa
trama cheia de aventuras fantásticas. Da velha Europa mergulhada nas cruzadas
ao Oriente Médio intemporal envolto em maravilhas, nobres, reis, magos, entes
demoníacos, sultões, escravas e toda sorte de obstáculos se interpõem ao amor
de Pecopin e Bauldour, cuja duração... só o tempo dirá. Para alcançar os efeitos observados já no texto original, os
autores pesquisaram elementos de história, geografia, arquitetura, heráldica,
indumentária medieval, entre outros. Naturalmente que tudo isso foi feito pela
lente dos dias de hoje, de maneira a fazer o leitor ingressar e viajar nessa
nave do tempo.

O ESPELHO DE MACHADO DE ASSIS EM HQ faz parte da série Clássicos Realista/HQ, da editora Mecuryo Jovem. Aqui, como nas demais adaptações da série, é realizada pesquisa cuidadosa, a partir dos métodos da crítica textual, de maneira a que seja estabelecida a edição mais fiel do texto fonte. Estabelecido o texto fonte, a adaptação é realizada com o mínimo de interferência possível em relação a ele. Além da HQ propriamente dita, há uma apresentação, uma resenha sobre o conto de Machado de Assis e o texto integral, cuidadosamente preparado, do Bruxo do Cosme velho.
O ATIRADOR DE FACAS, 2a. ed. Atirar facas não é um gesto restrito a narradores e personagens. Afinal, o faz-de-conta da ficção tem como alvo o leitor: nele a palavra literária deve frutificar. Poder-se-ia afirmar, parodiando Vieira, preocupado com os frutos da “Palavra de Deus”, que este espetáculo procura picar o destinatário. Para além do efeito estético, o leitor certamente se sensibilizará pelo hábil jogo da efabulação que revela um cotidiano agressivo. A semeadura de palavras da alegoria de Vieira faz-se, nestas narrativas, em campo árido na referência, mas fértil na factura literária. Não se trata de textos para um leitor distraído: o ato de leitura deve exercer-se de forma constante, em gestos correlatos àqueles que marcam a construção desse universo de atiradores de facas. Conforme esse pacto comunicativo, fica, então, o convite para que os leitores também atirem suas facas interpretativas. (
Benjamin Abdala Junior, Universidade de São Paulo.) Contos urbanos de de São Paulo. Humor, solidão, amor, raiva malandragem, ciúmes, etc.tá tudo aí. 2a. edição, 2012.

O ATIRADOR DE FACAS, 1a. ed. A primeira edição de O atirador de facas é de 1996, pela mesma editora. Tem ilustrações e desenhos em preto e branco na abertura de cada conto, alguns da artista plástica Ana Teresa Poli, outro meus mesmo. A ilustração e a concepção de capa são também dela. O poeta Plínio de Mesquita roteirizou para um curta metragem o conto Trabalhar em São Paulo, porém o cineasta maldito Diomédio Piskator ainda não se mobilizou para pôr na tela.
DOIS POETAS PAULISTANOS. Poemas urbanos, gráficos, geográficos e sentimentais de Cíbio Bote e Maria Emília Novaes, duas metades do mesmo JeosaFÁ. 2a. edição.
FÁBULAS E PARÁBOLAS PARA GENTE GRANDE. Fábulas e parábolas humoradas, burlescas e farsescas sobre as misérias morais, amorais e imorais da vida em sociedade. Aqui, o riso se apoia em paródias, alegorias, indiretas e outras cositas más para fazer o leitor se deliciar com as nossas mazelas

ZONA NORTE, 1a. ed. Publicado em 2009, a primeira edição, em formato de bolso, foi vendida em 70 bancas de jornal da cidade de São Paulo. O romance que inicia a série sobre as cinco regiões de São Paulo, hoje publicada pela editora
Nova Alexandria, foi escrito a partir de entrevistas com pessoas reais, memórias e depoimentos de antigos moradores da Zona Norte foram coletados, porém somados a reportagens fotográficas, a pesquisas bibliográficas em livros, jornais e documentos, inclusive de importantes Universidades sediadas na capital, e na internet. Tomada a decisão de escrever o ciclo de romances, passaram-se mais de dez anos para o material coletado assumir o desenho ficcional. Um momento desse projeto está no volume de contos
O atirador de facas, contos urbanos sobre São Paulo, cuja primeira edição é de 1996, da Editora Plêiade.
BALADA PARA A MOSCA E O INSETICIDA, de 1985, meu livro de estreia, é um volume de poemas, alguns punks, outros pop, outros qualquer coisa. É voo atabalhoado de adolescente que, como um besouro (embora o inseto em causa seja a mosca) se esborracha nas paredes. O desenho de capa é do artista plástico Claudinei Roberto.
RECHEIOS DE LÂMINAS PARA SANDUÍCHES DE VIDRO é um livro objeto lançado por mim e pelo poeta Plínio de Mesquita Camargo na Livraria da Vila, de São Paulo, em 2000. A caixa tem janelas em ambas as faces. O livro do Plínio chama-se
Pequena geografia. As lâminas de cartão, um para cada poema gráfico, são escorregadas da direita para a esquerda. O poema lido, é recolocado pelo leitor no fim da fila, até retornar na respectiva janela. A edição foi limitada, 150 exemplares, que sumiram no lançamento. Outro dia vi um à venda na Livraria Virtual, em um sebo de Campinas. É raridade. Eu mesmo fiquei apenas com um exemplar já todo esbudegado.
FERNANDO F. Livro galhofa feito em 1996 em homenagem ao dito cujo. Você abre o livro e... não encontra nada dentro, só paginas em branco. Formato de bolso. Galhofa também é cultura.
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