CARAÇAé um volume de poemas, porém ninguém se
engane: nele, mesmo quando o assunto é amor, há o espeto de uma piada embutido
no lirismo, a dizer: "Quem quer o amor, quer o espeto". Maus juízes, maus políticos, maus patrões, maus amigos, maus
amores... ahhhh, vocês vão sentir o chicote dessa língua. No
formato exclusivo e-book ilustrado, com 262 páginas divididas em 11 partes, o
livro se diverte com as pobrezas humanas e explora as riquezas poéticas mas
também humorísticas da língua portuguesa, em versos líricos e satíricos, com especial carinho dedicado a maus amigos, políticos e juízes.
E-book ilustrado, exemplares
personalizados e numerados, em PDF, para todos os aplicativos e dispositivos. 1
ed. São Paulo: Editora Serra Azul, 2020. R$30,00. Receba em seu
e-mail.
Da frase clara, doce e elegante (à moda Bocage), à barroca, humorada e desbocada (à moda Gregório de Matos), do encanto ao deboche (que os dois praticaram sem poupar o calão), num balanço pendular cheio de riscos não só de linguagem, o leitor é embalado no trapézio da escrita, gozando o friozinho que o despencar do alto das palavras – sem rede de proteção embaixo – dá na barriga.
Ora trapezista, ora ilusionista; ora palhaço, ora domador na jaula dos leões; ora atirador de facas, ora engolidor de fogo, ora mulher barbada o Grandioso Fá puxa o leitor ao centro desse picadeiro simbólico e o converte em cúmplice de suas 241 caricaturas – uma para cada soneto.
As ilustrações, extraídas a baralhos inclusive de Tarô, sinalizam a vocação farsesca, arlequinal e circense do
livro, que não despreza nenhuma palavra do idioma, nem sequer as deformadas,
sujas, rotas e andrajosas, como aqueles paupérrimos clowns que tiravam o
sustento de improvisos patéticos nas feiras medievais.
A seguir, algumas caricaturas do Grandioso Fá a título de ingresso grátis:
Caraça: Caricaturas do Grandioso Fá - Sonetos Picarescos. E-book ilustrado, exemplares personalizados e numerados, legível em todos os aplicativos e dispositivos, São Paulo, Editora Serra Azul, 2020 - R$30,00.
O Grandioso Fá é professor, pesquisador e escritor em
diversas editoras. Entre seus títulos estão O atirador de facas e Dois
poetas paulistanos (Plêiade); o ciclo de romances urbanos Era uma vez
no meu bairro, O jovem Mandela e O jovem Malcolm X (Nova
Alexandria), O espelho de Machado de Assis em HQ e A lenda
do belo Pecopin da bela Bauldour em HQ, tradução do francês e adaptação do
clássico de Victor Hugo (Mercuryo Jovem).
E você, teria ciúmes de Capitu? Até tu, Zélia Duncan?
Capitu traiu ou não? Numa disputa entre dois colégios, estudantes devem debater
a questão e encenar o julgamento da personagem Dom Casmurro, do romance de mesmo nome de Machado de Assis. Entre eles
está Queco, que vive um drama parecido com o de Bentinho.
O ciúme é com certeza um dos sentimentos mais complicados de se lidar e entender. Todos
estamos sujeitos a sofrer por ele, seja em uma relação de amizade, seja em um caso
amoroso. A questão fica ainda mais dramática quando se trata de uma aventura
adolescente sem limites, em que a dor de cotovelo surge pela primeira vez.
Moacyr Scliar, autor premiado da literatura para pessoas mais maduras e membro
da Academia Brasileira de Letras, faz aqui uma homenagem, na forma de literatura juvenil, a Machado de Assis e seu clássico Dom Casmurro, numa narrativa sobre o
ciúme e algumas atitudes a que esse sentimento é capaz de levar todo ser humano fora da posse de seus impulsos destrutivos.
A obra
conta a história de um grupo de amigos de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, que participa de um
concurso — cujo prêmio em dinheiro possibilitaria a reconstrução de sua
escola, soterrada durante um temporal. O objetivo da disputa é provar se a indefectível Capitu traiu ou não Bentinho.
Entre os jovens participantes está Francesco, ou Queco, adolescente inteligente e
sonhador, seu amor de infância Júlia, e seus amigos Vitório e Fernanda.
Durante os estudos para o simulacro de julgamento, Queco, identificado com o drama de
Bentinho, começa a visualizar olhares e atos suspeitos entre sua amada e
Vitório. Tomado por ciúme, o jovem forja um documento com a assinatura de
Machado de Assis, para incriminar Capitu e vencer o concurso. Até que o grande
dia chega, e Queco tem de representar a farsa diante de uma plateia lotada. Será
que ele consegue?
No romance de Machado de Assis, o personagem-narrador Bentinho, ao envelhecer se torna no introvertido, ranzinza e rabugento Dom Casmurro (no dicionário esse adjetivo tem o significado "amargurado" e sinônimos). Porém a personagem que domina o romance, não é ele, mas seu amor de adolescência, Capitu, por quem ele nutrirá um ciúme perverso, isso por duas razões.
1ª.) Porque, nas palavras do personagem-narrador (que podem ser verdadeiras ou fruto do despeito), no velório do amigo, Escobar, morto por afogamento, Capitu teria ficado mais abalada do que a própria esposa do defunto.
2ª.) Em razão da semelhança que ele passa a ver, ou imagina ver, ano após ano, entre seu filho e seu melhor amigo, morto por afogamento.
Sobre essa segunda razão diz a revista Piauí:
Bento Santiago, protagonista e narrador do romance Dom
Casmurro, de Machado de Assis, trabalhava em casa quando foi interrompido por
um escravo que fazia alarido ao portão. O criado, propriedade de seu velho
conhecido Escobar, estava aflito e pedia ajuda. “Para ir lá… sinhô nadando,
sinhô morrendo”, anunciou. Bento correu à praia do Flamengo o mais rápido que
pôde, mas não havia mais nada a fazer além de confirmar a morte do amigo.
Arranjou-se velório e enterro para o mesmo dia e, “na hora da encomendação e da
partida”, o desespero de Sancha, esposa do falecido, “consternou a todos”,
levando homens e mulheres ao choro. É nesse momento tumultuado que ocorre o
fato decisivo da narrativa: Bento notou “que os olhos de Capitu fitaram o defunto,
quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como
a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã”.
Nascia nele a dúvida sobre a traição. (Fonte: Revista Piauí)
Essa história clássica de ciúmes foi parar nas salas de teatro, pelas mãos de grandes dramaturgos, na forma de drama ou comédia, nas páginas de histórias em quadrinhos, pelas mãos de excelentes desenhistas e roteiristas, na TV, na forma de minissérie, e no cinema:
A música popular brasileira (MPB) não ficou de fora do enigma Capitu. Na voz de Zélia Duncan e com letra de Luiz Tatit, Capitu é uma jovem moderna derramando ciúmes pelas redes sociais e sites da Internet, como se pode assistir no vídeo que abre este post.
Em Ciumento de Carteirinha, Moacyr Scliar atualiza e adapta esse clássico de nossa literatura para uma faixa etária em que o primeiro amor é uma realidade, com todas as suas inseguranças. E ele faz isso porque, depois de Dom Casmurro, não se pode mais tratar do tema do ciúme no Brasil sem se falar de Machado de Assis. Depois de Capitu, o ciúme nunca mais foi o mesmo.
JEOSAFÁ é Doutor em Letras (USP), foi Pesquisador Colaborador do Departamento de História da Universidade de São Paulo, onde concluiu seu Pós-doutorado em 2023. É escritor e professor Leciona atualmente para a rede pública da cidade do Rio de Janeiro. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os quais O jovem Mandela (Editora Nova Alexandria); O jovem Malcolm X, A lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação para HQ do clássico de Victor Hugo (Mercuryo Jovem).
O volume tem 64 páginas, a capa é em papel cartão, as letras são em tamanho bastante confortável para a leitura e a parte em HQ é toda em preto e branco, criando um clima de mistério, suspense e meeeeedoooooo!
Espelhos seduzem, atraem,
instigam, mas uma coisa é certa: mentem, pois jamais eles nos devolvem nossa imagem verdadeiramente definitiva (ou ela está invertida, ou o distorcida).
Isso ocorre em parte pela natureza enganadora dos espelhos, em parte por não sermos definitivos (mudamos o tempo todo). Quem disser que está totalme
nte satisfeito com sua imagem refletida no espelho não terá motivo para olhar-se neles nuca mais na vida. Alguém acredita nessa hipótese?
Há uma mística que envolve o espelho ao longo do tempo. Narciso não sabia o quanto era lindo e feliz até olhar-se no espelho das águas. Quando o fez, ficou encantado por sua própria imagem refletida nas águas cristalinas, atirou-se atirou-se nelas para abraçá-la e... morreu afogado.
O mito grego de Narciso, enganado pelo espelho, atravessa os séculos e foi incorporado à cultura humana por diversos campos. No campo científico, por exemplo, "complexo de Narciso" ou "narcisismo" é um transtorno da personalidade diagnosticado pela Psicologia e pela Psicanálise. No campo das artes, todas o trataram, das mais antigas ou clássicas, como o teatro e a literatura, às mais contemporâneas, como o cinema e a televisão.
Em Branca de Neve, a Madrasta malvada, ciumenta e maliciosa pergunta a seu espelho mágico quem é a mulher mais linda do mundo, e este a deixa transtornada quando revela que não é ela, mas uma linda, inocente e bondosa jovem chamada Branca de Neve. Branca de Neve é um conto de fadas dos Irmãos Grimm, que também já foi adaptado para todas as formas artísticas: teatro, dança, história em quadrinhos, pintura, cinema e animação - a mais famosa, a dos estúdios Disney, que se tornou um verdadeiro clássico do cinema de todos os tempos.
O conto "O espelho", de Machado de Assis, curtinho, de seis páginas apenas, faz parte dessa tradição universal em torno do tema "espelho". (clique aqui e leia-o integralmente). Mas não é porque tem só seis páginas que é um conto pequeno: é um grande conto, um clássico de nossa literatura, por causa da qualidade do texto e das reflexões que instiga no leitor.
Quem sou eu? O que vejo e acho de mim é verdade ou fantasia? Quem somos nós? Os outros são o que são, e ponto final, ou o que eu vejo ou acho deles é uma distorção da minha visão de mundo e dos meus sentimentos? Quem são os outros? Como os outros nos veem? O que os outros querem que sejamos ou acham de nós interfere no que somos? A nossa aparência e a nossa alma se correspondem ou uma pode entrar em guerra com a outra?
Em "O espelho", Machado de Assis, coloca um jovem diante de todas essas e outras perguntas perturbadoras, a partir da memória do adulto em que esse jovem se tornou. À medida que a narrativa progride, o leitor vai observando que a realidade tem brechas, por meio das quais o incerto, o mistério, o metafísico e talvez o sobrenatural escapam.
É para refletir? Com certeza, e também para cismar e... ter medo.
JEOSAFÁ é Pesquisador Colaborador do Departamento de História da Universidade de São Paulo, escritor e professor Doutor em Letras pela mesma Universidade. Leciona atualmente para a Educação Básica e para o Ensino Superior privados. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os quais O jovem Mandela (Editora Nova Alexandria); O jovem Malcolm X, A lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação para HQ do clássico de Victor Hugo (Mercuryo Jovem).
O grande escritor Arthur Conan Doyle nasceu em
Edimburgo, na Escócia, em 22 de maio de 1859. Formou-se em medicina pela
Universidade de Edimburgo em 1885, quando montou um consultório e começou a
escrever histórias de detetive.
Um estudo em vermelho, publicado em 1887 pela
revista Beeton’s Christmas Annual, introduziu ao público aqueles que se
tornariam os mais conhecidos personagens de histórias de detetive da literatura
universal: Sherlock Holmes e doutor Watson.
Com eles, Conan Doyle imortalizou o
método de dedução utilizado nas investigações e o ambiente da Inglaterra
vitoriana. Seguiram-se outros três romances com os personagens, além de
inúmeras histórias, publicadas nas revistas Strand, Collier’s e Liberty e
posteriormente reunidas em cinco livros.
Outros trabalhos de Conan Doyle foram
frequentemente obscurecidos por sua criação mais famosa, e, em dezembro de
1893, ele matou Holmes (junto com o vilão professor Moriarty), tendo a Áustria
como cenário no conto O problema final (Memórias de Sherlock Holmes).
Holmes ressuscitou no romance O cão dos Baskerville, publicado entre 1902
e 1903, e no conto A casa vazia (A ciclista solitária), de 1903, quando
Conan Doyle sucumbiu à pressão do público e revelou que o detetive conseguira
burlar a morte. Conan Doyle foi nomeado cavaleiro em 1902 pelo apoio à política
britânica na guerra da África do Sul, recebendo o título de Sir. Morreu em 1930
na Inglaterra.
Em Casos extraordinários, o autor reúne
contos em que Sherlock demonstra seus métodos. Em 'A face amarela', Sherlock
atende um homem com dúvidas sobre sua esposa. 'O ritual Musgrave'
apresenta um dos primeiros casos resolvidos por Sherlock, envolvendo um mapa do
tesouro e estranhos desaparecimentos. A 'Liga dos Cabeças-Vermelhas' trata de
uma curiosa organização, que contratava apenas homens ruivos. 'O diamante azul'
começa com um ganso roubado e uma estranha forma de praticar um
roubo. (FONTE: Trevessa).
O detetive mais famoso da história da literatura foi parar
no cinema, e depois na televisão, muitas vezes, durante o século XX, como no
clássico de 1939, em preto e branco, da 20th Century Fox, As aventuras de
Sherlock Holmes (The Adventures of Sherlock Holmes):
Clique no vídeo acima e assista ao filme inteiro, é muito legal!
Ele inspirou adaptações e paródias de humor por todo o mundo, as mais famosas na pele do Inspetor Clouseau, o Pantera Cor de Rosa, interpretado
pelo ator e comediante Peter Sellers.
Clique no vídeo acima a assista a um trecho engraçado de Um
tiro no escuro (1964).
Até desenhos animados, direta ou indiretamente, se inspiraram nele.O Inspetor,da DePatie-Freleng, lançado em 1965, aproveita a fama dos
filmes do Inspetor Clouseau, o Pantera Cor de Rosa, interpretado pelo ator e
comediante Peter Sellers.
A série foi a segunda experiência cinematográfica da
DePatie-Freleng, e 34 curtas foram exibidos de 21 de dezembro de 1965 a 14 de
maio de 1969. O desenho foi reprisado na televisão no Show da Pantera
Cor-de-Rosa. Não havia novos episódios, mas DePatie-Freleng produziu alguns
quadros de 30 segundos para o programa, chamados “Inspector’s Safety Lecture”
(Dicas de Segurança do Inspetor).
A música tema desta série animada, criada por
Henry Mancini, foi sucesso mundial, juntamente com o tema da Pantera
Cor-de-Rosa, do mesmo autor. O tema já tinha sido usado no filme longa metragem
“Um tiro no Escuro” (2° da série da Pantera Cor-de-Rosa).
O desenho foi
reprisado novamente nos EUA, em meados dos anos 1980 até o começo dos anos
1990, como parte do pacote Pantera Cor-de-Rosa. Foi visto novamente no início
do ano 2000, quando o Cartoon reprisou-o novamente, ao lado de outros
DePatie-Freleng cartoons. Na dublagem original brasileira a voz do Inspetor era
feita pelo comediante Ari de Toledo, o personagem Sargento Dudu era feito por
Carlos Marques, enquanto o chefe era dublado por Gualter de França.
Clique no vídeo acima e se divirta com O inspetor.
JEOSAFÁ é Pesquisador Colaborador do Departamento de
História da Universidade de São Paulo, escritor e professor Doutor em
Letras pela mesma Universidade. Leciona atualmente para a Educação Básica
e para o Ensino Superior privados. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e
membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também
bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi
consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos
programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de
São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os
quais O
jovem Mandela (Editora Nova Alexandria); O
jovem Malcolm X, A
lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação
para HQ do clássico de Victor Hugo (Mercuryo Jovem).
Um escritor ama crianças, jovens, São Paulo e sua gente
Marcos Rey, pseudônimo de Edmundo Donato, (17
de fevereiro de1925 — 01 de abril de 1999) foi
um escritor e roteirista brasileiro. Foi também redator de programas de televisão,
adaptou os clássicos A Moreninha de Joaquim Manuel de
Macedo em forma de telenovela e o Sítio do Pica-Pau
Amarelo.
Marcos usava sua cidade natal, São Paulo, como cenário de
várias de suas obras. O autor se dedicou principalmente às obras voltadas
ao público juvenil. Escreveu crônicas, contos e se destacou
escrevendo romances. Escreveu também várias obras literárias adultas.
Durante os anos 70, foi roteirista de diversos filmes
do gênero pornochanchada produzidos na Boca do Lixo, em São
Paulo, como “As Cangaceiras Eróticas” e “O Inseto do Amor”. No
gênero ficção infantil estreou com Não era uma vez, drama de um
garoto à procura de sua cadela perdida nas ruas. Foi também tradutor
de livros em inglês, em parceria com seu irmão Márcio Donato.
Na década de 1990 tornou-se colunista da revista Veja, São
Paulo. No ano de 1999, após voltar de uma viagem à Europa, Marcos Rey foi
internado para uma cirurgia, e não resistindo às complicações, faleceu no dia 1
de abril, aos 74 anos, sem recuperar a consciência.
Foi cremado, e um mês depois, sua esposa Palma Bevilacqua Donato sobrevoou com
um helicóptero o centro da cidade, espalhando as cinzas do autor sobre São
Paulo e realizando assim a reunião eterna de Marcos Rey com a metrópole que foi
a grande personagem de toda sua obra. (FONTE: LEITOR
CABULOSO)
Clique no vídeo e assista.
Entrevista muito legal com Marcos Rey.
Vítima de hanseníase (lepra) ainda jovem, numa época em que a cura era um milagre os pacientes, perseguidos pelo preconceito, eram internados em "leprosários" para morrer aos poucos, Marcos Rey fugiu para sobreviver e se tratar por conta própria. Conhecendo a também jovem Linda Palma, apaixonou-se por ela - e ela por ele.
Linda cuidou de Marcos Rey até sua cura completa. No vídeo acima, os defeitos em suas mãos são sequelas da doença. Ainda não existiam os computadores, ele escrevia bem, muito e o tempo todo, porém seus dedos não se moviam, por causa da doença. Então, para datilografar seus textos à máquina, ele desenvolveu uma técnica própria, em que dois dedos paralisados, um em cada mão, fazia mas as vezes de dez. A história dele e Linda Palma é um lindo conto (real) de amor. E seus livros são lindas histórias de amor pelas crianças e jovens, e por São Paulo e sua gente.
Clique no vídeo e assista.
Linda Palma fala de Marcos Rey, seu cúmplice no amor e na literatura.
O mistério do 5 estrelas
O que você faria se visse um cadáver embaixo de uma cama?
Léo, mensageiro do Emperor Park Hotel, um cinco estrelas que hospeda muita
gente poderosa, viu um no quarto 222. Leo desceu para o saguão desejando
que ninguém o chamasse. Precisava contar ao Guima o que vira no 222.
Ao abrir a boca e ao começar a investigar, passou a viver
dias cheios de suspense e surpresas. Teve de vencer a paralisia do
pesadelo para erguer os lençóis sobre o carrinho. Logo encontrou alguma
resistência e viu uma mancha de sangue. Como um boneco de cera, as pernas
dobradas, Leo viu o cadáver, o mesmo homem de cara de índio… E viu-se envolvido
numa trama bastante perigosa, arquitetada por pessoas inescrupulosas. Vou sair
daqui e chamar o gerente, decidiu Leo, aterrorizado, e começou a andar de
costas… e no mesmo instante com uma velocidade sideral qualquer coisa o atingiu
na cabeça. Perdeu os sentidos. De tirar o fôlego da primeira à última
página.
Clique no vídeo e assista.
Trabalho de estudantes a partir d' O mistério do 5
estrelas.
JEOSAFÁ é Pesquisador Colaborador do Departamento de
História da Universidade de São Paulo, escritor e professor Doutor em
Letras pela mesma Universidade. Leciona atualmente para a Educação Básica
e para o Ensino Superior privados. Foi da equipe do 1o. ENEM, em 1998, e
membro da banca de redação desse Exame em anos posteriores. Compôs também
bancas de correção das redações da FUVEST nas décadas de 1990 e 2000. Foi
consultor da Fundação Carlos Vanzolini da USP, na área de Currículo e nos
programas Apoio ao Saber e Leituras do Professor da Secretaria de Educação de
São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, entre os
quais O
jovem Mandela (Editora Nova Alexandria); O
jovem Malcolm X, A
lenda do belo Pecopin e da bela Bauldour, tradução do francês e adaptação
para HQ do clássico de Victor Hugo (Mercuryo Jovem).