quarta-feira, 3 de junho de 2015

Malcolm X: É preciso quebrar o muro de silêncios


MALCOLM X NOS DIZIA, DIREITOS TEM DE TODO DIA LUTAR
Poema hip hop enviado pelos companheiros e irmãos: Azuir Filho e Turmas de Amigos: do Social da Unicamp, Campinas, SP, de Rocha Miranda, Rio de Janeiro, RJ e de Mosqueiro, Belém, do Pará.

Não é pra ficar esperando, é trabalhar e construir.
É o tempo todo atuando, para a sua meta atingir.
É atuar cada dia, até as condições se concretizar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

Direito é uma construção, não vem de mão beijada.
É sacrifício e aplicação, é uma duríssima jornada.
Exploração é patifaria, não temos nunca de aceitar
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

Tem de haver cooperação, e todo entendimento.
Nada de fazer exploração. isso é perder o tempo.
A vida é uma travessia, para o espírito se acalmar;
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.


Há uma idéia reinante, que é feita pra confundir.
A exploração é revoltante, é forma inglória de agir.
O Humano na sua vilania, faz a seu irmão explorar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

Todo tempo trabalhando, o coletivo fortalecendo.
Boa vontade compartilhando, Ensinando e aprendendo.
Vida é para ter alegria, pra em comunhão se juntar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

Tem fazer com coração, pro entendimento ser total
Ódio e segregação, dificultam toda harmonia social.
A Luta é pra se ter harmonia, não tarda a hora chegar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

Superar a miséria do mundo, e a todos povos unir.
O amor sendo profundo, nos levam a melhor porvir
Não abrimos mão da Utopia, o Mestres fez anunciar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.

É entender a contradição, e levar a luta com amor.
Coisa de companheiro irmão, de amigo trabalhador.
Não precisa de valentia, tem é do próximo amar.
Malcolm X nos dizia, Direitos tem de todo dia lutar.



terça-feira, 2 de junho de 2015

Malcolm X - Um grande ser humano, um revolucionário sempre

Desde quando sai da prisão, no segundo semestre de 1952, até o momento de seu assassinato, em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X evoluiu em seus pensamentos e suas práticas, abandonando o sectarismo e o ódio racial em favor de uma compreensão mais ampla da questão do negro e dos pobres nos EUA.

Em 1964, rompe com a Nação do Islã totalmente e encampa a luta pelos direitos civis, por chegar à conclusão de que o ódio e a segregação são empecilhos à justiça social e à superação do racismo. Em seus últimos discursos afirmava: “Uno-me a todos aqueles dispostos a superar a miséria deste mundo”. Superando a visão sectária da Nação do Islã que indispôs com líderes como Martin Luther King, afirmou: “A união é a religião certa”, e ainda: “Quando for lutar contra o racismo, deixe sua religião em casa, no guarda-roupa”.


Se forem descontextualizadas, muitas de suas formulações parecerão erráticas, pois umas se chocarão com outras. Porém, respeitado seu percurso de aprendizagem contínua (retratado em sua Autobiografia, concluída no mês de seu assassinato), o que se observará é um homem de extrema inteligência e coragem, que jamais teve preguiça de estudar, pesquisar e, desde que convencido, mudar de ideia e de prática. Malcolm X não teve medo de romper com o passado, mesmo com o custo da própria vida, porque não teve tempo de ter medo. É esse exemplo, é esse homem, é esse jovem, que inspira tanta gente no mundo todo, que o leitor tem agora em mãos.




quarta-feira, 27 de maio de 2015

Um dia, por toda a América: Eu também!


Diferentemente de dois outros mitológicos líderes negros de influência mundial (Nelson Mandela e Martin Luther King), Malcolm X não alcançou os bancos da universidade, nem teve seus contenciosos com as forças de segurança do Estado limitados às questões políticas.


Enquanto Luther King (com sua estratégia de não violência) e Mandela (por todos os meios) trilharam o caminho da educação formal até se confrontarem abertamente com racismo e com o aparato conservador governamental, Malcolm X, embora filho militantes da causa antirracista, só encontrou seu lugar nessa luta dentro da prisão, a que foi sentenciado por crime comum, quando há muito abandonara a escola, a despeito de ter sido excelente aluno da educação fundamental, em que foi inclusive presidente de turma – em uma instituição de maioria branca.