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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século

Italo Moriconi, organizador

Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século é uma antologia de poemas brasileiros do século XX em que comparecem os mais representativos poetas do período.

Embora o termo “melhores” necessite ser relativizado, porque estabelece um juízo muito questionável de hierarquia entre poemas de um mesmo autor e entre escritores, a seleção é inegavelmente representativa e oferece ao leitor um boa amostragem da poesia brasileira no século XX .

Na Introdução, o organizador esclarece os critérios que adotou para a seleção e disposição dos textos no volume, bem como o esforço de pesquisa realizado. Nessa introdução o leitor tem notícia de quão complexos são os caminhos e de quantos riscos envolvem aquele que se dispõe a organizar uma antologia, da difícil articulação entre a história da literatura e a crítica, passando pelo domínio da produção individual de cada autor, até os insondáveis mecanismos do sucesso literário, que enredam leitores e escritores nas teias insondáveis do mercado editorial.

Dividida em quatro partes, esta antologia segue critério cronológico e agrupa os textos a partir de linhas de força consideradas relevantes pelo organizador. Assim, “Primeira Parte – Abaixo os Puristas” é dedica à geração modernista de 1922 e à produção que girou em torno dessa estética profundamente criativa e iconoclasta.

A “Segunda Parte – Educação Sentimental” reúne textos que, a rigor, correspondem à chamada Geração de 30 na poesia. A presença de autores identificados com períodos anteriores deve-se ao fato de que o texto selecionado ajusta-se à identidade dessa fase da produção poética brasileira.

A “Terceira Parte – O Cânone Brasileiro” tem como núcleo o que se convencionou chamar de Geração de 45. O autor engloba nesse período a produção que vai até a década de 1960, e não deixa de surpreender que essa parte seja encerrada com trecho do Poema Sujo, de Ferreira Gullar, escrito em 1975 e publicado somente no ano seguinte.

A “Quarta Parte – Fragmentos de um Discurso Vertiginoso” corresponde à produção poética brasileira a partir da década de 1960, com suas dissensões, agrupamentos e polêmicas.
Além da oportunidade de ler belíssimos textos, o leitor tem a oportunidade de comparar a organização da antologia com os critérios adotados pelo organizador.

Se tivesse que escolher poemas para escrever em seu caderno ou para guardar em seu arquivo digital, como o leitor procederia? Que critérios adotaria? Que autores ou poemas ficariam de fora? Quais seriam selecionados e de que maneira seriam organizados?

FONTE: Moriconi, Italo. Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2001.


LANÇAMENTO
Era uma vez no meu Bairro
ZONA NORTE – Nova Edição
ZONA LESTE – Inédito
Dia 18 de outubro de 2011
19:30h
Livraria do Espaço Unibanco de Cinema da Rua Augusta
SÃO PAULO - SP

Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século



Italo Moriconi, organizador

Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século é uma antologia de contos brasileiros do século XX, em que comparecem os mais representativos autores do período. O livro adequa-se otimamente às séries finais do Ensino Fundamental, ao Ensino Médio e ao público adulto, que nesta edição muito bem cuidada terão um amplo panorama da produção brasileira no período.

O título é passível de reparo, uma vez que as opções feitas pelo organizador são pessoais, embora baseadas em juízo crítico, e que o ranqueamento imposto pelo termo “melhores” é igualmente passível de amplo questionamento. Razões comerciais, sem dúvida, nortearam a escolha do título.

Todavia, a seleção é representativa da produção brasileira do período, é bem feliz e o tratamento dos textos é primoroso e a ressonância comercial do título não prejudica em nada o conteúdo da seleção, realmente muito boa.

O leitor, de posse desse volume, tem uma amostra significativa dos autores que, no século XX, militaram com relevância nesse gênero, que não cessou de aumentar de público desde 1900, em função mesmo da persistência e valor desses mesmos autores.

Os critérios adotados pelo autor – que divide o século em momentos aglutinantes (de 1900 aos anos 1930; anos 40 e 50; anos 60; anos 70; anos 80 e anos 90) – permitem a ele, seguindo essa divisão cronológica, oferecer, num mesmo volume, de Machado de Assis a Dalton Trevisan, de Júlia Lopes de Almeida a Olga Savary.

A diversidade de temas, de abordagens e estilos permite que se viaje pelas mais inusitadas experiências humanas transfiguradas pela literatura, tanto quanto permite apreciar as estratégias adotadas pelos vários autores para iludir e divertir o leitor com seus ardilosos artifícios de linguagem e com sua habilidade inesgotável para criar situações e mundos improváveis, mas convincentes.

Se a ordem cronológica adotada possibilita ao professor ou ao estudante observar o desenrolar da produção contística brasileira ao longo do século XX, a segmentação temática, agregada à cronológica, serve como recorte de sentido, a criar elos entre os contos dessa forma agrupados.

Assim o organizador articula à época os subtítulos orientadores: para os anos 1900 a 1930, “Memórias de ferro, desejo de tarlatana”; para as décadas 40 e 50, “Modernos, maduros, líricos”; para os anos 60, “Conflitos e desenredos”; para os anos 70, “Violência e paixão”; para os anos 80, “Roteiros do corpo”; e para os anos 90; “Estranhos e intrusos”.

Essa subtitulação diz respeito ao que o organizador considerou representativo em cada período, o que orientou suas escolhas, seja no âmbito dos autores eleitos para a coletânea, seja no que diz respeito ao conto representativo da obra do autor destacado. Conferir a pertinência dessa segmentação cronológica e esse agrupamento temático é um excelente exercício a ser realizado em grupo ou individualmente, em sala ou como tarefa de casa.

FONTE: Moriconi, Italo. Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2001.